Imagen ilustrada basada en fotografías del contexto real de las comunidades.

Giovanni Salazar.
Colombia

Tanimuka, o povo que dança para cuidar da saúde da humanidade e da selva

Cocreadores

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Jun 15, 2021 Compartir

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No meio da floresta amazônica da Colômbia, os Tanimuka se comunicam com seu território por meio da dança e da música. Essa história, feita a partir de Wakaya, uma aldeia indígena em Miriti Paraná, reúne as vozes e os sentimentos de um médico tradicional, um cantor, um jovem e uma criança, que representam a esperança de garantir que essa prática da dança, intimamente ligada aos ciclos de vida da selva, seja transmitida às novas gerações.

Ficha técnica

Tipo de conteúdo: Sonoro
Ano de realização: 2021
Título da série: Vozes da Amazônia - Escute, a memória fala!
Realizado(ra): Waima'aka'ru Omaira Tanimuka Letuama
Lugar: Wakaya, Amazonas, Colômbia
Duração: 00:18:08

Dançar e cantar para nos comunicar com a selva

Dança e canto são manifestações vivas da comunidade indígena de Wakaya, território amazônico banhado pelos afluentes do rio Miriti Paraná, na Amazônia colombiana, onde jovens, crianças e adultos dançam para invocar os espíritos da selva, curar o corpo, limpar os pensamentos e agradecer pelas colheitas e pela própria vida.

Por: Waima'aka'ru Omaira Tanimuka Letuama.

Mais de 20 famílias dos povos indígenas Tanimuka, Letuama e Brasileiros vivem na comunidade Wakaya, em Miriti Paraná. Seu alimento espiritual e físico tem uma relação profunda com a selva por meio da música e da dança.

Nesta peça sonora são partilhadas vozes dos homens que mantêm viva esta tradição que, por meio de canções e danças, trazem o pensamento da selva para se relacionar com ela, e integrar a vida comunitária ao seu ciclo ecológico e espiritual.

“Todas as danças têm sua história e quando você dança tem que falar algo sobre a origem dessa dança, você está mencionando algo que tem que coincidir com a música e os personagens também aparecem nela”, diz José Eladio Tanimuka, vocalista principal da comunidade.

Nestes espaços, duas figuras são muito importantes, o sábio da aldeia e o cantor, que complementam os seus saberes para cuidar e prevenir doenças, mas acima de tudo para levar alegria à comunidade.

José Eladio, como cantor, e Ever Tanimuka, como autoridade tradicional, ensinam a jovens e crianças, como Darío Silva e Emiliano Tanimuka, as histórias, significados e saberes que estão ao redor da dança, para que mantenham vivo esse saber que lhes foi garantido, segundo José Eladio, que desde o início do mundo o ser humano continua se relacionando em harmonia com a mãe selva.

As danças desta comunidade são uma mistura de pensamentos. Ever diz que os Tanimuka perderam muitas danças ao longo do tempo, mas que graças a sua união desta com outras comunidades, foi se integrando um conhecimento que permite a convivência.

O professor e historiador Angel Tanimuka explica que, segundo a tradição oral, em tempos antigos e de conflitos entre etnías, os Letuama e os Tanimuka aliaram-se para sobreviver. Os Tanimuka eram muito fortes no xamanismo, ou seja, nas curas, enquanto os Letuama eram fortes na dança. Atualmente, eles compartilham esse conhecimento para manter a harmonia em todos os sentidos, desde as comunidades até os ciclos ecológicos da selva.

Hoje, estes espaços de encontro são acompanhados por trajes e instrumentos tradicionais como o carrizo (um instrumento de sopro, que em algumas etnías da Amazônia brasileira é conhecido como cariço), o osso de veado, o caracol, o maguaré e a lança. “São instrumentos que se usam, são pensamentos colhidos do ritual, com aquele som eles limpam os maus pensamentos que vem atrapalhar a dança”, diz José Eladio.

Hoy en día, estos espacios de encuentro se acompañan de los trajes tradicionales y de instrumentos como la flauta, el carrizo, el hueso de venado, el caracol, el maguaré y la lanza. “Son instrumentos que se usan, esos son pensamientos recogidos del ritual, con ese sonido ellos limpian el mal pensamiento que viene a dañar el baile”, dice José Eladio.

O canto e a dança são práticas que as comunidades estão fortalecendo para que todo o conhecimento cosmogônico ao seu redor não desapareça, e se converta na memória viva de um povo inteiro.

Notas: 

  • Os entrevistados falam a sua língua materna, Tanimuka, por isso honramos este conhecimento e agradecemos o esforço que fazem para nos contar esta história em espanhol para que possa ser entendida por um vasto público.
  • A série sonora Vozes da Amazônia - Ouça, a Memória fala! foi produzida em um processo de cocriação com jornalistas e comunicadores indígenas da Rede Tecendo Histórias (Red Tejiendo Historias, en español), sob a coordenação editorial do meio independiente Agenda Propia

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